Portal do Vestibulando: Immanuel Kant - Lista de Exercícios/ Questões de Vestibulares (2024)

Portal do Vestibulando: Immanuel Kant - Lista de Exercícios/ Questões de Vestibulares (1)

1.(Unisc 2022)ImmanuelKant, filósofo alemão do século XVIII, tentou responder à questão de como épossível o conhecimento humano. Afirmou que o conhecimento é possível porque ohomem possui faculdades que o tornam possível. Para ele, o homem possui duasfontes de conhecimento. São elas:

a)a crença, que aproxima o homem de Deus; e adúvida, que faz o homem questionar a si e ao mundo.

b)a fé, que faculta a compreensão religiosado mundo; e a sensibilidade, por meio da qual os objetos são dados na intuição.

c)a crença, que aproxima o homem de Deus; e oentendimento, por meio do qual os objetos são pensados nosconceitos.

d)a razão, que faculta a compreensão lógicado mundo; e a fé, que faculta a compreensão religiosa domundo.

e)a sensibilidade, por meio da qual osobjetos são dados na intuição; e o entendimento, por meio do qual os objetossão pensados nos conceitos.

2.(Upe-ssa 2 2022)Leia otrecho da “Resposta à pergunta: o que é o Iluminismo”, do filósofo prussiano I.Kant:

Iluminismo é a saída do homem da sua menoridade deque ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de se servir doentendimento sem a orientação de outrem. Tal menoridade é por culpa própria, sea sua causa não residir na carência de entendimento, mas na falta de decisão ede coragem em se servir de si mesmo, sem a guia de outrem.Sapere aude!Tem a coragem de te servires do teu próprio entendimento! Eis a palavra deordem do Iluminismo.

(KANT,1784)

De acordo com o texto, é CORRETO afirmar:

a)A falta de entendimento é a condiçãonatural dos homens, sendo isso o que caracteriza amenoridade.

b)A menoridade é a condição de todos oshomens que preferem se guiar pelas opiniões alheias.

c)O Iluminismo é o movimento pelo qual, por meiodo entendimento, nos tornamos menores.

d)A maioridade é a condição do Iluminismo quese caracteriza pela falta de decisão em usar o entendimento.

e)Tanto a maioridade quanto a menoridadepodem ser superadas se usarmos nosso entendimento.

3.(Pucpr Medicina 2022)Leiao fragmento abaixo:

“Ser caritativo quando se pode sê-lo éum dever, e há além disso muitas almas de disposição tão compassiva que, mesmosem nenhum outro motivo de vaidade ou interesse, acham íntimo prazer emespalhar alegria à sua volta e se podem alegrar com o contentamento dos outros,enquanto este é obra sua.”

(KANT, Immanuel.Fundamentaçãoda metafísica dos costumes. Lisboa: Edições 70, 2007, p. 28.)

Segundo aFundamentação dametafísica dos costumes, a ação descrita acima seria uma ação praticada pordever, isto é, ela teria um autêntico valor moral? De acordo com o texto acimae com seus conhecimentos, assinale a alternativa que responde e justificaCORRETAMENTE à pergunta.

a)Não, pois, por mais amável que seja, ela sepõe ao lado de outras inclinações, como o amor das honras e doslouvores.

b)Sim, pois o valor da ação moral se encontrano propósito que se quer atingir, sendo a ação moral determinada por seuobjetivo.

c)Não, pois esta ação é praticada semqualquer inclinação, simplesmente por dever, de maneira que ela não tem valormoral.

d)Sim, pois conforme àquilo que é deinteresse geral e conforme ao dever, esta ação merece estima, e possui assimvalor moral.

e)Não, pois o filantropo não está movido pelacompaixão à sorte alheia e pelo desejo de fazer o bem aos malafortunados.

4.(Unesp 2022)Texto 1

A crítica não se opõe ao procedimento dogmático darazão no seu conhecimento puro […], mas sim ao dogmatismo […], apoiado emprincípios, como os que a razão desde há muito aplica, sem se informar como ecom que direito os alcançou. O dogmatismo é, pois, o procedimento dogmático darazão sem uma crítica prévia da sua própria capacidade.

(Immanuel Kant.Crítica darazão pura, 2018.)

Texto 2

Os questionamentos céticos de Hume abalaramprofundamente Kant, que visava empreender uma defesa do racionalismo contra oempirismo cético e acabou por elaborar uma filosofia que caracterizou comoracionalismo crítico, pretendendo precisamente superar a dicotomia entreracionalismo e empirismo.

(Danilo Marcondes. Iniciação à história da filosofia, 2010. Adaptado.)

Os textos explicitam a noção de“crítica”, que corresponde, na filosofia kantiana,

a)à defesa da dúvidametódica.

b)à impossibilidade do conhecimentocientífico.

c)ao exame dos limites dacompreensão.

d)à recusa de elementos transcendentais.

e)ao estabelecimento das bases daexperimentação.

5.(Upe-ssa 3 2022)Leia anotícia abaixo, bem como o trecho da obra de Kant.

Xuxa sugere usar presos para testes deremédios: 'Que sirvam para alguma coisa'.

São Paulo, 26 de março de 2021.

Xuxa Meneghel, 58, causou polêmica nestasexta-feira (26) ao defender em uma live da Assembleia Legislativa do Estado doRio de Janeiro que remédios e vacinas sejam testados em presidiários. Segundo aapresentadora, assim "pelo menos eles serviriam para alguma coisaantes".

(Fonte:Portal daFolha de São Paulo)

"Dever e obrigação são as únicas denominaçõesque temos de dar à nossa relação com a lei moral. De fato, somos membroslegislantes de um reino da moral possível pela liberdade, representado pelarazão prática para o nosso respeito, mas ao mesmo tempo seus súditos, não o seusoberano, e o desconhecimento de nossa posição inferior como criaturas, bemcomo a negação, por presunção, de respeito à lei santa, é já, segundo oespírito, uma deserção dela, mesmo que sua letra fosse observada".

(Kant,Crítica da Razão Prática)

Assinale a alternativa CORRETA.

a)A submissão do homem à lei moral não podelhe retirar sua dignidade, pois esta é fundamento de suaautonomia.

b)A dignidade humana deve ser preservadasomente na medida em que ocorre um respeito soberano à leimoral.

c)A relação do homem com a lei moral tem aforma da autonomia, desse modo, a dignidade humana está restrita a determinadascircunstâncias.

d)Não há relações dadas a priori entre leimoral e dignidade humana, pois as circunstâncias garantem a autonomia doshomens.

e)A autonomia moral dos homens ocorre somenteenquanto se submetem à vontade de um soberano.

6.(Uece 2022)“A moradora derua Rosângela Sibele, que furtou R$ 21,69 em comida para alimentar os filhos,concedeu uma entrevista ao Brasil Urgente após deixar a cadeia e contou que tem‘o sonho de ser gente’. Ela ficou 18 dias detida após o episódio e teve aprisão revogada pelo ministro Joel Ilan Paciornik, do STJ (Superior TribunalFederal), na última quarta-feira, 13. ‘Meu grande sonho é ser gente. Eu aindanão sei o que é isso, não sei o que é ser mãe, filha, irmã’, contou ela. Amulher de 41 anos é mãe de cinco filhos e mora há dez anos nas ruas de SãoPaulo. ”

IG DELAS. “Meu sonho é ser gente”, dizmãe que furtou comida para alimentar os filhos. Disponível em: https://delas.ig.com.br/2021-10-14/sonho-ser-gente-mae-furto-filhos.html.Acessado em 14/10/2021.

A palavra “gente” na fala dessa mulher,quando compreendida à luz da Ética de Immanuel Kant, expressa seu desejo de

a)compor a população de um país ou umEstado.

b)ter satisfeitas as suas carênciasalimentares.

c)ser solta da cadeia e ficar livre depenalidade.

d)ser moralmente reconhecida em suadignidade.

7.(Ufu 2021)Podemos dizerque o objetivo de Kant, ao escrever a Crítica da Razão Prática, era demonstrarque a lei moral provém da ideia de liberdade, por isso a razão pura é tambémprática no sentido de que a ideia racional de liberdade determina por si mesmaa vida moral e com isso demonstra sua própria liberdade.

De acordo com trecho acima, conclui-seque, para Kant, o agir moral deve fundar-se

a)na noção de felicidade.

b)nos ditames da razão.

c)nas sensações físicas.

d)na natureza humana.

8.(Pucpr Medicina 2021)SegundoImmanuel Kant, o homem, sendo afetado por tantas inclinações, é capaz deconceber a ideia de uma razão pura prática, mas não é dotado suficientemente deforça para torná-la eficazin concretono seu comportamento,por isso a necessidade de uma Metafísica dos Costumes.

I. Uma Metafísica dos Costumes é indispensavelmentenecessária por motivos de ordem especulativa para investigar a fonte dosprincípios práticos que residem a priori na razão do homem.

II. Uma Metafísica dos Costumes é indispensávelporque os costumes ficam sujeitos a toda sorte de perversão enquanto lhesfaltar aquele fio condutor e norma suprema do seu exato julgamento.

III. A Metafísica dos Costumes é indispensávelporque afirma que aquilo que é moralmente bom é conforme a lei moral e exclui anecessidade de outros sentimentos, como o amor à lei moral.

IV. A Metafísica dos Costumes é indispensável naconstrução de caminhos concretos a posteriori, que são eficazes para o sujeitonão ser afetado pelas inúmeras inclinações do seu cotidiano.

V. Uma metafísica dos Costumes é indispensável parasuperar a covardia dos sujeitos medianos presos ao senso comum e aos grandesmestres das filosofias clássicas e autoritárias.

KANT,Immanuel.Fundamentação da Metafísica dos costumes. Tradução: PauloQuintela. Editora: Edições 70, Lisboa (Prefácio e Primeira Seção).

Sobre a necessidade da metafísica doscostumes, é CORRETO afirmar:

a)Apenas I é correta.

b)Apenas a alternativa I e II sãocorretas.

c)Apenas II e III sãocorretas.

d)Apenas III e IV sãocorretas.

e)As alternativas I, II, III, IV e V sãocorretas.

9.(Uema 2021)O século XVIIIda história humana foi marcado por grandes revoluções, entre elas a francesa.Foi um século de muitas dúvidas e novas conquistas para o conhecimento humano.Nesse período, duas correntes de pensamento sobre o conhecimento, denominadasracionalismo e empirismo, se colocavam como detentoras da verdade sobre oconhecimento, o que levou os pensadores a refletirem sobre o problema.

Essa teoria do século XVIII que juntouracionalismo e empirismo é conhecida como

a)Ceticismo.

b)Dogmatismo.

c)Idealismo.

d)Criticismo.

e)Iluminismo.

10.(Uece 2020)As seguintesmáximas exemplificam a solução apresentada por Immanuel Kant na formulação doprincípio supremo da moralidade:

“Age como se a máxima de tua ação sedevesse tornar, pela tua vontade, em lei universal da natureza”.

“Age de tal maneira que uses ahumanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre esimultaneamente como fim e nunca simplesmente como meio”.

KANT,Immanuel.Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. PauloQuintela. Lisboa: Edições 70.1997.

Essas máximas são imperativoscategóricos, sobre os quais é correto afirmar que

a)estabelecem, segundo Kant, auniversalização da ação moral através de uma finalidade a ser atingida fora darazão e estabelecida a partir do processo de análise racional darealidade.

b)são, inicialmente, de caráter hipotético,ao buscar avaliar as ações possíveis, como meio de alcançar alguma coisa que sedeseja ou que se queira atingir concretamente.

c)são chamados categóricos, por seremmandamentos da própria razão autônoma e por servirem de procedimento paratestar o caráter universalizável e, portanto, moral de umamáxima.

d)determinam, categoricamente, que, paraatingir um determinado fim, é necessário que se usem certos meios, o queexpressa a universalização da moral pragmáticakantiana.

11.(Enem digital 2020)Princípiospráticos são subjetivos, ou máximas, quando a condição é considerada pelosujeito como verdadeira só para a sua vontade; são, por outro lado, objetivos,quando a condição é válida para a vontade de todo ser natural.

KANT, I.Crítica da razãoprática.Lisboa: Edições 70, 2008.

A concepção ética presente no textodefende a

a)universalidade do dever.

b)maximização da utilidade.

c)aprovação pelosentimento.

d)identificação da justamedida.

e)obediência à determinaçãodivina.

12.(Uema 2020)A sociedadede uma forma geral, em cada tempo, produz conceitos ou amplia os já existentespara que possamos pensar em determinadas condições vigentes e entenderdeterminados processos nas relações humanas vividas no momento. Um exemplodisso pode ser visto no texto abaixo sobre Kant e sua ideia relativa aotutelamento.

Dizem os historiadores que no séculoXVIII para se entender certo fenômeno que ocorria na Europa, conhecido comoIluminismo, perguntaram ao Filósofo Kant o que seria esse movimento. O referidofilósofo explicou que seria como um processo de esclarecimento, a partir doqual o ser humano sairia de sua menoridade graças ao uso da razão e aoexercício da liberdade de pensamento. Escreveu o filósofo em sua resposta oseguinte: “O iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutela queestes mesmos se impuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontramincapazes de fazer uso da própria razão independentemente da direção de outrem.É-se culpado da própria tutela quando esta resulta não de uma deficiência doentendimento, mas de falta de resolução e coragem para fazer uso doentendimento independentemente da direção de outrem. Tenha coragem para fazeruso da tua própria razão!”

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS,Maria de Helena.Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo:Moderna, 2016.

Hoje, em pleno século XXI, onde há umamplo uso das redes sociais tais comoFacebook, Instagram, Youtube,Whatsapp, é apropriado retomar esse conceito kantiano acima exposto, paraque se possa entender a condição de tutela a que os homens se encontram.

A relação que exemplifica o conceito detutela de Kant aplicado aos dias de hoje é o seguinte:

a)os designers gráficos e suas novasproduções noYoutube.

b)os adolescentes e o desejo de novarealidade nos jogoson line.

c)as novas profissões e as oportunidades detrabalho noInstagram.

d)os estudantes e as pesquisas de artigos nossites acadêmicos.

e)os internautas e a manipulação deinformações nas mídias sociais.

13.(Uel 2020)Dever é anecessidade de uma ação por respeito à lei. [...] devo proceder sempre demaneira que eu possa querer também que a minha máxima se torne uma leiuniversal.

KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos costumes. Trad. Paulo Quintela. São Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 208-209.

Com base no texto e nos conhecimentossobre a teoria kantiana do dever, assinale a alternativa correta.

a)A máxima de uma ação moral universalizávelpode ter como fundamento os efeitos da ação, sendo considerada moralmente boauma ação cujos efeitos causam o bem.

b)A obrigação incondicional que a lei moralimpõe advém do reconhecimento da possibilidade de universalização das máximasda ação

c)A mentira pode, em certas circunstâncias,ser legitimada moralmente quando dela resulta uma ação benéfica ou impede oprejuízo a outrem.

d)A máxima incondicional de uma ação moralpode ter como fundamento a experiência, pois os costumes fornecem elementossuficientes para ela.

e)O imperativo categórico, princípio dosimperativos do dever, escolhe, dentre os estímulos fornecidos à vontade, o quelhe é mais adequado.

14.(Uece 2020)Leia comatenção a seguinte passagem da obra de Immanuel Kant:

“O idealismo consiste na afirmação deque não existe outro ser senão o pensante; as demais coisas seriam apenasrepresentações nos seres pensantes, às quais não corresponderia nenhum objeto.Eu afirmo, ao contrário: são-nos dadas coisas como objetos de nossos sentidos,existentes fora de nós, só que nada sabemos do que eles possam ser em simesmos, conhecemos apenas as representações que produzem em nós ao afetaremnossos sentidos”.

Kant. Immanuel.Prolegómenos atoda a metafísica futura. Lisboa: Edições 70, 1987. p.68.

Estabelecer as condições depossibilidade do conhecimento foi um dos principais desafios ao qual Kant sepropôs a partir de sua filosofia transcendental. Sobre esta filosofia, écorreto afirmar que

a)buscou superar a oposição empirismo/racionalismo propondo a existência de estruturas a priori de conhecimento, semas quais não é possível nenhuma experiência de nenhum objeto.

b)ocupou-se em consolidar a visãoracionalista de tradição cartesiana ao criticar as concepções empiristas deLocke e Hume, segundo as quais sentidos e experiência são a base doconhecimento.

c)procurou ultrapassar completamente tanto oracionalismo, como o empirismo, através de seu criticismo, cuja abordagem darealidade nem é sensível, nem empírica, mas puramentemetafísica.

d)foi muito influenciada pela filosofiahegeliana em sua percepção dialética da realidade: sua postulação da oposiçãonúmeno/fenômeno expressa tal influência.

15.(Uece 2020)Atente para aseguinte passagem da obra de W. F. Hegel:

“A consciência-de-si é em-si e para-siquando e porque é em si e para uma Outra, quer dizer, só é como algoreconhecido. Inicialmente uma consciência visa submeter a outra, ao apreendê-lacomo objeto. Porém precisa ser reconhecida pela outra como sujeito. Mas o outroé também uma consciência-em-si. Um indivíduo se confronta com outro indivíduo.Uma, a consciência independente, outra a consciência dependente. Uma é osenhor, outra é o escravo”.

Hegel, W. F.Fenomenologia doespírito. Parte I, seç. III. §§178 – 196.

A partir da leitura da passagem acima econsiderando o pensamento hegeliano a respeito do processo de conhecimento, écorreto dizer que

a)Hegel, seguindo os passos de Kant, entendiao conhecimento como um processo puramente a-histórico de tomada de consciênciado mundo.

b)a visão hegeliana sobre o conhecer refleteuma percepção puramente especulativa sobre a realidade e rejeita qualquervínculo com a realidade objetiva.

c)Hegel, na fenomenologia do espírito,elaborou uma defesa veemente da relação de submissão existente entre escravos eseus senhores como parte do desenvolvimento do espírito dotempo.

d)o conhecimento parte de uma consciência desi que, numa relação de contradição, chega à consciência do outro que lhe nega,mas, ao mesmo tempo, lhe identifica como sujeito.

16.(Uece 2020)O trecho quese apresenta a seguir exemplifica a percepção de Jürgen Habermas a respeito dofundamento do comportamento ético.

“Enquanto a filosofia moral se colocara tarefa de contribuir para o aclaramento das intuições cotidianas adquiridasno curso da socialização, ela terá que partir, pelo menos virtualmente, daatitude dos participantes da prática comunicativa cotidiana”.

Habermas, Jürgen.Consciênciamoral e agir comunicativo. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1989. P.67.

Considerando a concepção de eticidadediscursiva de Habermas, assinale a proposição verdadeira.

a)Seguindo a tradição kantiana, trata-se deuma ética fundamentada, essencialmente, na razão prática que cada sujeitodeverá impor aos outros indivíduos a partir de um processocomunicativo.

b)Habermas propõe que sua ética discursivadeve romper com qualquer forma de racionalidade, ao defender que o princípioético se fundamenta na ação desejante, nos sentimentos compartilhados.

c)Contra a perspectiva kantiana, onde a razãoencontra em si mesma a lei moral universal, defende que ela decorre de umarazão comunicativa, que surge da comunicação e dos diálogosintersubjetivos.

d)Para o pensador alemão, somente uma razãopragmática tornará possível a instituição da moralidade a partir da adoção deum discurso convincente a ser comunicado a todos pelolegislador.

17.(Unesp 2019)A maiorviolação do dever de um ser humano consigo mesmo, considerado meramente como umser moral (a humanidade em sua própria pessoa), é o contrário da veracidade, amentira [...]. A mentira pode ser externa [...] ou, inclusive, interna. Atravésde uma mentira externa, um ser humano faz de si mesmo um objeto de desprezo aosolhos dos outros; através de uma mentira interna, ele realiza o que é aindapior: torna a si mesmo desprezível aos seus próprios olhos e viola a dignidadeda humanidade em sua própria pessoa [...]. Pela mentira um ser humano descartae, por assim dizer, aniquila sua dignidade como ser humano. [...] É possívelque [a mentira] seja praticada meramente por frivolidade ou mesmo por bondade;aquele que fala pode, até mesmo, pretender atingir um fim realmente benéficopor meio dela. Mas esta maneira de perseguir este fim é, por sua simples forma,um crime de um ser humano contra sua própria pessoa e uma indignidade que devetorná-lo desprezível aos seus próprios olhos.

(ImmanuelKant.A metafísica dos costumes, 2010.)

Em sua sentença dirigida à mentira,Kant

a)considera a condenação relativa e sujeita ajustificativas, de acordo com o contexto.

b)assume que cada ser humano particularrepresenta toda a humanidade.

c)apresenta um pensamento desvinculado depretensões racionais universalistas.

d)demonstra um juízo condenatório, comjustificação em motivações religiosas.

e)assume o pressuposto de que a razão sempreé governada pelas paixões.

18.(Enem 2019)TEXTO I

Duas coisas enchem o ânimo de admiração e veneraçãosempre crescentes: o céu estrelado sobre mim e a lei moral em mim.

KANT, I.Crítica da razãoprática. Lisboa: Edições 70, s/d (adaptado).

TEXTO II

Duas coisas admiro: a dura lei cobrindo-me e oestrelado céu dentro de mim.

FONTELA, O. Kant (relido). In:Poesiacompleta. São Paulo: Hedra, 2015.

A releitura realizada pela poetainverte as seguintes ideias centrais do pensamento kantiano:

a)Possibilidade da liberdade e obrigação daação.

b)A prioridade do juízo e importância danatureza.

c)Necessidade da boa vontade e crítica dametafísica.

d)Prescindibilidade do empírico e autoridadeda razão.

e)Interioridade da norma e fenomenalidade domundo.

19.(Uece 2019)“No Brasil, atortura ganhou destaque durante o período da ditadura militar, quando foramcometidos diversos atos de tortura contra pessoas consideradas pelo governocomo uma ‘ameaça’ à ordem e à paz. Após esse período turbulento, a AssembleiaConstituinte se reuniu para elaborar a nova Constituição, aquela que mais tardeseria considerada como a Constituição Cidadã, pois ressalta o respeito àdignidade da pessoa humana e a garantia dos direitos essenciais”.

TEIXEIRA,Adriano Mendes.Os crimes de tortura e o princípio constitucional dadignidade da pessoa humana. Disponível em:https://adrianomendes2016.jusbrasil.

O conceito depessoanaexpressão “dignidade da pessoa humana” se refere ao conceito

a)jurídico depersona, no sentidohobbesiano, como indivíduo em sua existência legal como membro doEstado.

b)religioso, no sentido agostiniano, dapessoa individual comoimago dei, ou seja, criado à imagem esemelhança de Deus.

c)estético-teatral, comodramatispersonae, lista dos personagens principais de uma obrateatral.

d)ético-moral, no sentido kantiano, em que ohomem, como ser racional, éfim em si mesmo e nunca meio.

20.(Ufu 2019)Segundo Kant,o princípio supremo da doutrina dos costumes é: “aja segundo uma máxima quepossa valer ao mesmo tempo como lei universal – cada máxima que não se qualificaa isso é contrária à moral”.

KANT,Immanuel.Fundamentação da metafísica dos costumes.Trad.MARTINS, C. A. Petrópolis: Vozes; Bragança Paulista: Editora da UniversidadeSão Francisco, 2013. p. 31.

A fórmula acima é denominada por Kantcomo imperativo categórico, diz-se que ela exige que

a)nossas ações devem ser pelavontade.

b)nossas ações sejam sempre pordever.

c)as inclinações devem orientar amoral.

d)agir conforme o dever é a leiuniversal.

21.(Ufpr 2019)Em um textochamado “Resposta à questão: o que é esclarecimento?”, Kant afirma que o“esclarecimento é a saída do homem da menoridade”. Afirma também que a“menoridade é a incapacidade de servir-se do próprio entendimento sem direçãoalheia” e que “o homem é o culpado por esta incapacidade, quando sua causaresulta na falta, não do entendimento, mas de resolução e coragem para fazeruso dele sem a direção de outra pessoa”.

(KANT, Resposta à questão: O que éesclarecimento? In: MARÇAL, J.; CABARRÃO, M.; FANTIN, M. E. (Org.).Antologiade Textos Filosóficos. Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 407.)

Por sua vez, Foucault afirma: “Houve,durante a época clássica, uma descoberta do corpo como objeto e alvo do poder.Encontraríamos facilmente sinais dessa grande atenção dedicada então ao corpo –ao corpo que se manipula, se modela, se treina, que obedece, responde, se tornahábil ou cujas forças se multiplicam [...]”, referindo-se a um corpo (homem)que se torna ao mesmo tempo analisável e manipulável.

(FOUCAULT, Michel. Os corpos dóceis.In: FOUCAULT, Michel.Vigiar e Punir. Trad. Ligia M. Pondé Vassalo.5. ed. Petrópolis: Vozes, 1987, p. 125.).

Com base nos dois textos e nopensamento desses filósofos, considere as afirmativas abaixo:

1. O Esclarecimento seria uma espécie de menoridadeintelectual e corresponderia à afirmação da religião como ponto de partida parao homem tomar suas principais decisões.

2. Enquanto Kant se preocupa em avaliar o quanto osindivíduos são responsáveis por se deixarem dirigir por outros, Foucault tratade mostrar os modos como a sociedade torna o homem manipulável.

3. Tanto Kant quanto Foucault se questionam pelonível de autonomia do homem, ambos, porém, a partir de abordagens diferentes echegando a conclusões diferentes.

4. Fica claro no texto de Foucault que a idadeclássica favorece o autoconhecimento e a autonomia de pensamento.

Assinale a alternativacorreta.

a)Somente a afirmativa 2 éverdadeira.

b)Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.

c)Somente as afirmativas 2 e 3 sãoverdadeiras.

d)Somente as afirmativas 1, 3 e 4 sãoverdadeiras.

e)As afirmativas 1, 2, 3 e 4 sãoverdadeiras.

22. (Uel 2018) Rochedosaudazes sobressaindo-se por assim dizer ameaçadores, nuvens carregadasacumulando-se no céu, avançando com relâmpagos e estampidos, vulcões em sua inteira força destruidora,furacões com a devastação deixada para trás, o ilimitado oceano revolto, umaalta queda d’água de um rio poderoso etc. tornam nossa capacidade deresistência de uma pequenez insignificante em comparação com o seu poder. Mas oseu espetáculo só se torna tanto mais atraente quanto mais terrível ele é,contanto que, somente, nos encontremos em segurança; e de bom grado denominamosestes objetos sublimes, porque eles elevam a fortaleza da alma acima de seunível médio e permitem descobrir em nós uma faculdade de resistência de espécietotalmente diversa, a qual encoraja a medir-nos com a aparente onipotência danatureza.

(KANT,I. Crítica da Faculdade do Juízo.Trad. Antonio Marques e Valério Rohden. Rio de Janeiro: Forense Universitária,1995. p. 107.)

Combase no texto e nos conhecimentos sobre o juízo de gosto e o sublime naestética moderna, particularmente em Kant, assinale a alternativa correta.

a)O conceito de beleza, resultante da atividade do entendimento, permiteapreender o sentido dos eventos ameaçadores, protegendo o sujeito dadestruição.

b)Os elementos da natureza compõem o núcleo da teoria kantiana do juízo degosto, constituindo, também, parte importante da sua concepção de gênio.

c)Os eventos naturais de proporções ameaçadoras provocam nosso interessequando nos situam na possibilidade iminente de sermos por eles destruídos.

d)O sublime não está contido em nenhuma coisa da natureza, e sim em nossoânimo, quando nos tornamos conscientes de nossa superioridade à natureza.

e)A faculdade de resistência à dimensão ameaçadora e destruidora doseventos naturais de grande magnitude é a faculdade produtora do belo.

23.(Unioeste 2018)Ofilósofo alemão Immanuel Kant formulou, naCrítica da Razão Pura,uma divisão do conhecimento e acesso da razão aos fenômenos. Fenômenos não sãocoisas; eles nomeiam aquilo que podemos conhecer das coisas, através das formasda sensibilidade (Espaço e Tempo) e das categorias do entendimento (tais comoSubstância, Relação, Necessidade etc.). Assim, Kant afirma que o conhecimentohumano é finito (limitado por suas formas e categorias). Como poderia haver,então, algum conhecimento universalmente válido? Ele afirma que tal conhecimentose formula num “juízo sintéticoa priori”. Juízos são afirmações; oadjetivo “sintéticos” significa que essas afirmações reúnem conceitosdiferentes; “a priori”, por sua vez, indica aquilo que é obtido semacesso à experiência dos fenômenos, antes deles e para que os fenômenos possamser reunidos em um conhecimento que tenha unidade e sentido.

Com base nisso, indique a alternativaCORRETA.

a)Para Kant, o conhecimento humano édiretamente dado pela experiência das coisas, acessíveis pelos sentidos (visão,audição, etc.).

b)Juízos sintéticosa priorisãoafirmações de conhecimento cuja natureza é particular e que se altera caso acaso.

c)Se a Metafísica é o conhecimento daessência das coisas elas mesmas, Kant é, naCrítica da Razão Pura, umdefensor da Metafísica, e não um defensor da finitude doconhecimento.

d)Para Kant, Espaço e Tempo são categorias doentendimento mediante as quais conhecemos os fenômenos.

e)Juízos sintéticosa prioripermitemorganizar o conhecimento, dando a ele validade universal eunicidade.

24. (Enem 2017)Uma pessoa vê-seforçada pela necessidade a pedir dinheiro emprestado. Sabe muito bem que nãopoderá pagar, mas vê também que não lhe emprestarão nada se não prometerfirmemente pagar em prazo determinado. Sente a tentação de fazer a promessa;mas tem ainda consciência bastante para perguntar a si mesma: não é proibido econtrário ao dever livrar-se de apuros desta maneira? Admitindo que se decida afazê-lo, a sua máxima de ação seria: quando julgo estar em apuros de dinheiro,vou pedi-lo emprestado e prometo pagá-lo, embora saiba que tal nunca sucederá.

KANT, I.Fundamentação dametafísica dos costumes. São Paulo: Abril Cultural, 1980.

De acordo com a moral kantiana, a“falsa promessa de pagamento” representada no texto

a)assegura que a ação seja aceita por todos apartir da livre discussão participativa.

b)garante que os efeitos das ações nãodestruam a possibilidade da vida futura na terra.

c)opõe-se ao princípio de que toda ação dohomem possa valer como norma universal.

d)materializa-se no entendimento de que osfins da ação humana podem justificar os meios.

e)permite que a ação individual produza amais ampla felicidade para as pessoas envolvidas.

25. (Enem PPL 2016)Os ricosadquiriram uma obrigação relativamente à coisa pública, uma vez que devem suaexistência ao ato de submissão à sua proteção e zelo, o que necessitam paraviver; o Estado então fundamenta o seu direito de contribuição do que é delesnessa obrigação, visando a manutenção de seus concidadãos. Isso pode serrealizado pela imposição de um imposto sobre a propriedade ou a atividadecomercial dos cidadãos, ou pelo estabelecimento de fundos e de uso dos jurosobtidos a partir deles, não para suprir as necessidades do Estado (uma vez queeste é rico), mas para suprir as necessidades do povo.

KANT, I.A metafísica doscostumes.Bauru: Edipro, 2003.

Segundo esse texto de Kant, o Estado

a)deve sustentar todas as pessoas que vivemsob seu poder, a fim de que a distribuição seja paritária.

b)está autorizado a cobrar impostos doscidadãos ricos para suprir as necessidades dos cidadãospobres.

c)dispõe de poucos recursos e, por essemotivo, é obrigado a cobrar impostos idênticos dos seusmembros.

d)delega aos cidadãos o dever de suprir asnecessidades do Estado, por causa do seu elevado custo demanutenção.

e)tem a incumbência de proteger os ricos dasimposições pecuniárias dos pobres, pois os ricos pagam maistributos.

26. (Uel 2015)As leis moraisjuntamente com seus princípios não só se distinguem essencialmente, em todo oconhecimento prático, de tudo o mais onde haja um elemento empírico qualquer,mas toda a Filosofia moral repousa inteiramente sobre a sua parte pura e,aplicada ao homem, não toma emprestado o mínimo que seja ao conhecimento domesmo (Antropologia).

KANT, I.Fundamentação daMetafísica dos Costumes. Trad. de Guido A. de Almeida. São Paulo: DiscursoEditorial, 2009. p.73.

Com base no texto e na questão daliberdade e autonomia em Immanuel Kant, assinale a alternativa correta.

a)A fonte das ações morais pode serencontrada através da análise psicológica da consciência moral, na qual sepesquisa mais o que o homem é, do que o que ele deveria ser.

b)O elemento determinante do caráter moral deuma ação está na inclinação da qual se origina, sendo as inclinações serenasmoralmente mais perfeitas do que as passionais.

c)O sentimento é o elemento determinante paraa ação moral, e a razão, por sua vez, somente pode dar uma direção à presenteinclinação, na medida em que fornece o meio para alcançar o que édesejado.

d)O ponto de partida dos juízos moraisencontra-se nos “propulsores” humanos naturais, os quais se direcionam ao bempróprio e ao bem do outro.

e)O princípio supremo da moralidade deveassentar-se na razão prática pura, e as leis morais devem ser independentes dequalquer condição subjetiva da natureza humana.

27. (Uema 2015)Fraqueza ecovardia são as causas pelas quais a maioria das pessoas permanece infantilmesmo tendo condição de libertar-se da tutela mental alheia. Por isso, ficafácil para alguns exercer o papel de tutores, pois muitas pessoas, porcomodismo, não desejam se tornar adultas. Se tenho um livro que pensa por mim;um sacerdote que dirige minha consciência moral; um médico que me prescrevereceitas e, assim por diante, não necessito preocupar-me com minha vida. Seposso adquirir orientações, não necessito pensar pela minha cabeça: transfiroao outro esta penosa tarefa de pensar.

Fonte: I. Kant, O que é a ilustração.In: F. Weffort (org).Os clássicos da política, v. 2, 6 ed. SãoPaulo: Saraiva, 2006.

Esse fragmento compõe o livro de Kantque trata da importância da(o)

a) juízo.
b) razão.
c) cultura.
d) costume.
e) experiência.

28. (Ufsm 2015)A necessidade deconviver em grupo fez o homem desenvolver estratégias adaptativas diversas.Darwin, num estudo sobre a evolução e as emoções, mostrou que o reconhecimentode emoções primárias, como raiva e medo, teve um papel central nasobrevivência. Estudos antigos e recentes têm mostrado que a moralidade oucomportamento moral está associado a outros tipos de emoções, como a vergonha,a culpa, a compaixão e a empatia. Há, no entanto, teorias éticas que afirmamque as ações boas devem ser motivadas exclusivamente pelo dever e não porimpulsos ou emoções. Essa teoria é a ética

a) deontológica ou kantiana.
b) das virtudes.
c) utilitarista.
d) contratualista.
e) teológica.

29. (Unesp 2015)A fonte doconceito de autonomia da arte é o pensamento estético de Kant. Praticamentetudo o que fazemos na vida é o oposto da apreciação estética, pois praticamentetudo o que fazemos serve para alguma coisa, ainda que apenas para satisfazer umdesejo. Enquanto objeto de apreciação estética, uma coisa não obedece a essarazão instrumental: enquanto tal, ela não serve para nada, ela vale por si. Ashierarquias que entram em jogo nas coisas que obedecem à razão instrumental,isto é, nas coisas de que nos servimos, não entram em jogo nas obras de artetomadas enquanto tais. Sendo assim, a luta contra a autonomia da arte tem porfim submeter também a arte à razão instrumental, isto é, tem por fim recusartambém à arte a dimensão em virtude da qual, sem servir para nada, ela vale porsi. Trata-se, em suma, da luta pelo empobrecimento do mundo.

(Antônio Cícero. “A autonomia daarte”.Folha de São Paulo, 13.12.2008. Adaptado.)

De acordo com a análise do autor,

a)a racionalidade instrumental, sob o pontode vista da filosofia de Kant, fornece os fundamentos para a apreciaçãoestética.

b)um mundo empobrecido seria aquele em queocorre o esvaziamento do campo estético de suas qualidadesintrínsecas.

c)a transformação da arte em espetáculo daindústria cultural é um critério adequado para a avaliação de sua condiçãoautônoma.

d)o critério mais adequado para a apreciaçãoestética consiste em sua validação pelo gosto médio do públicoconsumidor.

e)a autonomia dos diversos tipos de obra dearte está prioritariamente subordinada à sua valorização como produto nomercado.

30. (Uel 2014) Kant, mesmo querestrito à cidade de Königsberg, acompanhou os desdobramentos das RevoluçõesAmericana e Francesa e foi levado a refletir sobre as convulsões da históriamundial. Às incertezas da Europa plebeia, individualista e provinciana,contrapôs algumas certezas da razão capazes de restabelecer, ao menos nopensamento, a sociabilidade e a paz entre as nações com vista à constituição deuma federação de povos – sociedade cosmopolita.

(Adaptado de: ANDRADE, R. C. “Kant: aliberdade, o indivíduo e a república”. In: WEFORT, F. C. (Org.). Clássicos dapolítica. v.2. São Paulo: Ática, 2003. p.49-50.)

Com base nos conhecimentos sobre aFilosofia Política de Kant, assinale a alternativa correta.

a) A incapacidade dos súditos de distinguir o útildo prejudicial torna imperativo um governo paternal para indicar afelicidade.

b) É chamado cidadão aquele que habita a cidade,sendo considerados cidadãos ativos também as mulheres e os empregados.

c) No Estado, há uma igualdade irrestrita entre osmembros da comunidade e o chefe de Estado.

d) Os súditos de um Estado Civil devem possuirigualdade de ação em conformidade com a lei universal da liberdade.

e) Os súditos estão autorizados a transformar emviolência o descontentamento e a oposição ao poder legislativo supremo.

31. (Ufsj 2012) Sobre a questão doconhecimento na filosofia kantiana, é CORRETO afirmar que

a) o ato de conhecer se distingue em duas formasbásicas: conhecimento empírico e conhecimento puro.

b) para conhecer, é preciso se lançar ao exercíciodo pensar conceitos concretos.

c) as formas distintas de conhecimento, descritasna obra Crítica da razão pura, são denominadas, respectivamente,juízo universal e juízo necessário e suficiente.

d) o registro mais contundente acerca doconhecimento se faz a partir da distinção de dois juízos, a saber: juízoanalítico e juízo sintético ou juízo de elucidação.

32. (Enem 2012)Esclarecimentoé a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. Amenoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção deoutro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa delanão se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem deservir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Tem coragem de fazer uso de teupróprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento. A preguiça e a covardiasão as causas pelas quais uma tão grande parte dos homens, depois que anatureza de há muito os libertou de uma condição estranha, continuem, noentanto, de bom grado menores durante toda a vida.

KANT, I. Resposta à pergunta: o que éesclarecimento? Petrópolis: Vozes, 1985 (adaptado).

Kant destaca no texto o conceito deEsclarecimento, fundamental para a compreensão do contexto filosófico daModernidade. Esclarecimento, no sentido empregado por Kant, representa

a) a reivindicação de autonomia da capacidaderacional como expressão da maioridade.

b) o exercício da racionalidade como pressupostomenor diante das verdades eternas.

c) a imposição de verdades matemáticas, com caráterobjetivo, de forma heterônoma.

d) a compreensão de verdades religiosas quelibertam o homem da falta de entendimento.

e) a emancipação da subjetividade humana deideologias produzidas pela própria razão.

33. (Enem 2012) Um Estado é uma multidão de sereshumanos submetida a leis de direito. Todo Estado encerra três poderes dentro desi, isto é, a vontade unida em geral consiste de três pessoas: o poder soberano(soberania) na pessoa do legislador; o poder executivo na pessoa do governante(em consonância com a lei) e o poder judiciário (para outorgar a cada um o queé seu de acordo com a lei) na pessoa do juiz.

ANT, I. A metafísica dos costumes.Bauru: Edipro, 2003.

De acordo com o texto, em um Estado dedireito

a) a vontade do governante deve ser obedecida, poisé ele que tem o verdadeiro poder.

b) a lei do legislador deve ser obedecida, pois elaé a representação da vontade geral.

c) o Poder Judiciário, na pessoa do juiz, ésoberano, pois é ele que outorga a cada um o que é seu.

d) o Poder Executivo deve submeter-se aoJudiciário, pois depende dele para validar suas determinações.

e) o Poder Legislativo deve submeter-se aoExecutivo, na pessoa do governante, pois ele que é soberano.

34. (Uel 2012)Odesenvolvimento não é um mecanismo cego que age por si. O padrão de progressodominante descreve a trajetória da sociedade contemporânea em busca dos finstidos como desejáveis, fins que os modelos de produção e de consumo expressam.É preciso, portanto, rediscutir os sentidos. Nos marcos do que se entendepredominantemente por desenvolvimento, aceita-se rever as quantidades (menosenergia, menos água, mais eficiência, mais tecnologia), mas pouco asqualidades: que desenvolvimento, para que e para quem?

(LEROY, Jean Pierre. Encruzilhadas doDesenvolvimento. O Impacto sobre o meio ambiente. Le Monde Diplomatique Brasil.jul. 2008, p.9.)

Tendo como referência a relação entredesenvolvimento e progresso presente no texto, é correto afirmar que, em Kant,tal relação, contida no conceito de Aufklärung (Esclarecimento),expressa:

a) A tematização do desenvolvimento sob a égide dalógica de produção capitalista.

b) A segmentação do desenvolvimento tecnocientíficonas diversas especialidades.

c) A ampliação do uso público da razão para que sedesenvolvam sujeitos autônomos.

d) O desenvolvimento que se alcança no âmbitotécnico e material das sociedades.

e) O desenvolvimento dos pressupostos científicosna resolução dos problemas da filosofia prática.

35. (Uncisal 2011) No século XVIII, ofilósofo Emanuel Kant formulou as hipóteses de seu idealismo transcendental.Segundo Kant, todo conhecimento logicamente válido inicia-se pela experiência,mas é construído internamente por meio das formas a priori da sensibilidade(espaço e tempo) e pelas categorias lógicas do entendimento. Dessa maneira,para Kant, não é o objeto que possui uma verdade a ser conhecida pelo sujeitocognoscente, mas sim o sujeito que, ao conhecer o objeto, nele inscreve suaspróprias coordenadas sensíveis e intelectuais. De acordo com a filosofiakantiana, pode-se afirmar que

a) a mente humana é como uma “tabula rasa”, uma folhaem branco que recebe todos os seus conteúdos da experiência.

b) os conhecimentos são revelados por Deus para oshomens.

c) todos os conhecimentos são inatos, nãodependendo da experiência.

d) Kant foi um filósofo da antiguidade.

e) para Kant, o centro do processo de conhecimentoé o sujeito, não o objeto.

36. (Uel 2011) Na Primeira Secção daFundamentação da Metafísica dos Costumes, Kant analisa dois conceitosfundamentais de sua teoria moral: o conceito de vontade boa e o de imperativocategórico. Esses dois conceitos traduzem as duas condições básicas do dever: oseu aspecto objetivo, a lei moral, e o seu aspecto subjetivo, o acatamento dalei pela subjetividade livre, como condição necessária e suficiente da ação.

(DUTRA, D. V. Kant e Habermas: areformulação discursiva da moral kantiana. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002. p.29.)

Com base no texto e nos conhecimentossobre a teoria moral kantiana, é correto afirmar:

a) A vontade boa, enquanto condição do dever,consiste em respeitar a lei moral, tendo como motivo da ação a simplesconformidade à lei.

b) O imperativo categórico incorre na contingênciade um querer arbitrário cuja intencionalidade determina subjetivamente o valormoral da ação.

c) Para que possa ser qualificada do ponto de vistamoral, uma ação deve ter como condição necessária e suficiente uma vontadecondicionada por interesses e inclinações sensíveis.

d) A razão é capaz de guiar a vontade como meiopara a satisfação de todas as necessidades e assim realizar seu verdadeirodestino prático: a felicidade.

e) A razão, quando se torna livre das condiçõessubjetivas que a coagem, é, em si, necessariamente conforme a vontade e somentepor ela suficientemente determinada.

37. (Uema 2011) Na perspectiva doconhecimento, Immanuel Kant pretende superar a dicotomiaracionalismo-empirismo. Entre as alternativas abaixo, a única que contéminformações corretas sobre o criticismo kantiano é:

a) A razão estabelece as condições de possibilidadedo conhecimento; por isso independe da matéria do conhecimento.

b) O conhecimento é constituído de matéria e forma.Para termos conhecimento das coisas, temos de organizá-las a partir da forma apriori do espaço e do tempo.

c) O conhecimento é constituído de matéria, forma epensamento. Para termos conhecimento das coisas temos de pensá-las a partir dotempo cronológico.

d) A razão enquanto determinante nos conhecimentosfenomênicos e noumênicos (transcendentais) atesta a capacidade do serhumano.

e) O homem conhece pela razão a realidadefenomênica porque Deus é quem afinal determina este processo.

38. (Uema 2011) No texto Que é“Esclarecimento”? (1783), o que significa, conforme Kant, a saída do homem damenoridade da qual ele mesmo é culpado?

a) O uso da razão crítica, exceto quando se tratarde doutrinas religiosas.

b) A capacidade de aceitar passivamente aautoridade científica ou política.

c) A liberdade para executar desejos e impulsosconforme a natureza instintiva do homem.

d) A coragem de ser autônomo, rejeitando, portanto,qualquer condição tutelar.

e) O alcance da idade apropriada para uso daracionalidade subjetiva.

39. (Unioeste 2011) “Já desde ostempos mais antigos da filosofia, os estudiosos da razão pura conceberam, alémdos seres sensíveis ou fenômenos, que constituem o mundo dos sentidos, seresinteligíveis particulares, que constituiriam um mundo inteligível, e, visto queconfundiam (o que era de desculpar a uma época ainda inculta) fenômeno eaparência, atribuíram realidade unicamente aos seres inteligíveis. De fato, se,como convém, considerarmos os objetos dos sentidos como simples fenômenos,admitimos assim que lhes está subjacente uma coisa em si, embora não saibamoscomo ela é constituída em si mesma, mas apenas conheçamos o seu fenômeno, istoé, a maneira como os nossos sentidos são afetados por este algo desconhecido”.

Immanuel Kant

Sobre a teoria do conhecimento kantiana,conforme o texto acima, seguem as seguintes afirmativas:

I. Desde sempre, os filósofos atribuíram realidadetanto aos seres sensíveis quanto aos seres inteligíveis.

II. Podemos conhecer, em relação às coisas em simesmas, apenas seu fenômeno, ou seja, a maneira como elas afetam nossossentidos.

III. Porque podemos conhecer apenas seus fenômenos,as coisas em si mesmas não têm realidade.

IV. Os filósofos anteriores a Kant nãodiferenciavam fenômeno de aparência, e, assim, consideravam que o fenômeno nãoera real.

V. As intuições puras da sensibilidade e osconceitos puros do entendimento incidem apenas em objetos de uma experiênciapossível; sem as primeiras, os segundos não têm significação.


Das afirmativas feitas acima
a) apenas II e IV estão corretas.
b) apenas II, IV e V estão corretas.
c) apenas II, III, IV e V estão corretas.
d) todas as afirmativas estão corretas.
e) todas as afirmativas estão incorretas.

40. (Ufu 2013) Autonomia da vontade éaquela sua propriedade graças à qual ela é para si mesma a sua lei(independentemente da natureza dos objetos do querer). O princípio da autonomiaé, portanto: não escolher senão de modo a que as máximas da escolha estejamincluídas simultaneamente, no querer mesmo, como lei universal.

KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Tradução de Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1986, p. 85.

De acordo com a doutrina ética deKant:

a) O Imperativo Categórico não se relaciona com amatéria da ação e com o que deve resultar dela, mas com a forma e o princípiode que ela mesma deriva.

b) O Imperativo Categórico é um cânone que nos levaa agir por inclinação, vale dizer, tendo por objetivo a satisfação de paixõessubjetivas.

c) Inclinação é a independência da faculdade deapetição das sensações, que representa aspectos objetivos baseados em umjulgamento universal.

d) A boa vontade deve ser utilizada para satisfazeros desejos pessoais do homem. Trata-se de fundamento determinante do agir, paraa satisfação das inclinações.

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FAQs

O que foi o século da moral ou Século das Luzes E o que isso tem a ver com a emancipação da humanidade? ›

07. (UNIMONTES) O século XVIII é caracterizado como o “século da moral”, como tempo marcado profundamente pelo Iluminismo, “um projeto pedagógico-político de construção da autonomia da razão e emancipação de homens e mulheres, fornecendo-lhes meios intelectuais para uma ação consciente”, conforme Gallo.

Qual é a definição de iluminismo De acordo com o filósofo alemão Immanuel Kant * 1 ponto? ›

No texto base deste trabalho “O que é o Iluminismo?”, Kant revela a ideia iluminista da existência de possibilidade de o homem seguir por sua própria razão, sem deixar enganar pelas crenças religiosas, tradições e opiniões alheias.

Qual o problema do criticismo? ›

Assim como o dogmatismo, o criticismo acredita na possibilidade do conhecimento, no entanto, se questiona sobre esta possibilidade de conhecer. Para Kant, o processo do conhecimento se dá pela interação entre o sujeito e o mundo objetivo.

O que é o imperativo categórico kantiano? ›

O imperativo categórico é a ideia central formulada por Kant para que se possa analisar o que motiva a ação humana e compreender a moral e a ética. O modo como um indivíduo age com base em princípios que gostaria de ver aplicados é a máxima e poderá se tornar o que ele chama lei universal.

O que é a luz do Iluminismo? ›

O Século das Luzes é um nome que se refere à razão sendo uma luz para alcançar o conhecimento e compreender o mundo.

Qual o lema do Iluminismo para Kant *? ›

Resposta à pergunta: que é o Iluminismo? (1784): reflete sobre o que estaria na base do pensamento iluminista. É onde propôs a famosa frase “Sapere aude!” (lema latino que pode ser traduzido como “Atreva-se a conhecer!”), salientando a importância do pensamento autônomo.

Quais as principais ideias de Kant? ›

Principais Ideias de Kant

Kant revela que o espírito ou razão, modela e coordena as sensações, das quais as impressões dos sentidos externos são apenas matéria prima para o conhecimento. O julgamento estético e teleológico unem nossos julgamentos morais e empíricos, de modo à unificar o seu sistema.

Qual seria a função da razão humana Segundo Kant? ›

A Razão é a faculdade do incondicionado e seu limite para conhecer é o fenômeno. Logo, sem função na área do conhecimento, a Razão pensa objetos, ainda que não possam ser conhecidos. Para Kant, a Razão não constitui objetos, mas tem uma função reguladora das ações humanas.

Porque Kant criou o criticismo? ›

O criticismo kantiano tinha como objetivo principal a crítica das faculdades cognitivas do homem, no sentido de se conhecer seus limites. Em consequência dessa crítica, foi levado à negação da possibilidade de a razão humana conhecer a essência das coisas (númeno).

Como Kant explica a origem do conhecimento? ›

Em Kant, há duas principais fontes de conhecimento no sujeito: A sensibilidade, por meio da qual os objetos são dados na intuição. O entendimento, por meio do qual os objetos são pensados nos conceitos. Vejamos o que ele quer dizer com isso, começando pela intuição.

Qual é a teoria do conhecimento de Kant? ›

A teoria do conhecimento de Kant − a filosofia transcendental ou idealismo transcendental − teve como objetivo justificar a possibilidade do conhecimento científico do século XVIII. Ela partiu da constatação de que nem o empirismo britânico, nem o racionalismo continental explicavam satisfatoriamente a ciência.

Quais são as 3 máximas morais de Kant? ›

São elas: Lei Universal: "Aja como se a máxima de tua ação devesse tornar-se, através da tua vontade, uma lei universal." Variante: "Age como se a máxima da tua ação fosse para ser transformada, através da tua vontade, em uma lei universal da natureza."

Quais são as máximas de Kant? ›

Na Fundamentaçáo, o filósofo aponta que a máxima da açáo é um princípio subjetivo do querer e o princípio objetivo do querer é uma lei prática, porém, diz que o princípio objetivo - lei prática - serviria também de princípio prático subjetivo (máxima) caso a razáo fosse a única governante no homem.

O que é a liberdade para Kant? ›

O conceito de liberdade é a “chave de abóbada” de todo o sistema kantiano. É a liberdade que realiza a síntese entre as duas Críticas, fundamenta a razão prática, possibilita o conhecimento do supra-sensível e os postulados da existência de Deus e da imortalidade da alma.

Qual é a palavra chave para entender o Iluminismo? ›

O Iluminismo é um movimento intelectual e cultural que se inicia a partir da segunda metade do século XVIII, também referimos a esse movimento como “Século das Luzes”, “Ilustração” ou “Esclarecimento”.

Quem foi o primeiro iluminista? ›

Os quatro principais precursores do Iluminismo foram Descartes, Bacon, Locke e Newton. O primeiro, francês, René Descartes (1596-1650), foi considerado o pai do racionalismo moderno e sua principal obra foi o 'Discurso do Método'.

Em que os iluministas acreditam? ›

TEMA: ILUMINISMO

Combatiam o conhecimento baseado na autoridade e tradição. Os iluministas acreditavam que a razão conduziria os seres humanos ao progresso. Com o passar do tempo, a ignorância, fruto da irracionalidade, desapareceria e teríamos então uma humanidade esclarecida, isso os fazia otimistas.

Quanto tempo durou o Iluminismo? ›

Qual a influência do Iluminismo nos dias de hoje? ›

Atualmente, ainda vivemos sob influência do Iluminismo em temas como a limitação do poder do estado sobre o indivíduo, os ideais e lutas pelos direitos individuais, tal como a vida, a liberdade, a dignidade e outros.

Qual foi o livro considerado símbolo do Iluminismo e por que ele foi censurado? ›

No caso temos que o livro que foi símbolo foi a enciclopédia, foi censurado pelos ensinamentos passados pela igreja para á população. Importante notar que antes as pessoas não possuíam acesso ao conhecimento tendo em vista as imposições da igreja católica.

O que é a maioridade para Kant? ›

Segundo Kant, maioridade é a saída do homem de sua 'menoridade auto-imposta'. Menoridade é a incapacidade de usar seu próprio entendimento sem qualquer guia ou tutor, e essa menoridade é auto-imposta se sua causa ocorre não por falta de entendimento, mas por indecisão e falta de coragem de usar seu próprio pensamento.

Qual o movimento histórico influenciou os pensamentos de Immanuel Kant? ›

Pensamento Filosófico de Kant

Em seu período inicial, Kant sofreu a influência da filosofia de Leibniz e de Christian Wolff e na física de Newton, como fica evidente em seu trabalho: “História Geral da Natureza e Teoria do Céu”.

O que determina uma ação boa Segundo Kant? ›

Até agora, as lições apreendidas do pensamento de Immanuel Kant podem ser sintetizadas em poucos termos: a ação boa é aquela que, além de poder ter a sua máxima universalizada, cumpre-se por dever puro, e não por temor, para atingir a qualquer finalidade ou por motivos egoístas.

Qual a frase mais famosa de Immanuel Kant? ›

"O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele." (Kant)

Qual foi a conclusão de Kant? ›

A filosofia teórica de Kant conclui pela impossibilidade de o intelecto produzir conhecimento por si mesmo. A experiência é a origem do conhecimento e o entendimento possui o papel de organizador das informações da sensibilidade.

Qual foi a principal obra de Kant? ›

Immanuel Kant
Obras destacadasCrítica da Razão Pura, Crítica da Razão Prática, Crítica do Julgamento, Prolegomena to Any Future Metaphysics, Iluminismo alemão, The Metaphysics of Morals, Religion within the Bounds of Bare Reason, Groundwork of the Metaphysic of Morals
Movimento estéticoIdealismo alemão, Iluminismo
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Que tipo de ética foi desenvolvida por Kant? ›

A ética kantiana é a ética do dever, autocoerção da razão, que concilia dever e liberdade. O pensamento do dever derruba a arrogância e o amor próprio, e é tido como princípio supremo de toda a moralidade. KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos Costumes e Outros Escritos.

Qual foi a crítica feita ao Kant sobre a boa vontade? ›

Como diz Kant: “A boa vontade não é boa por aquilo que promove ou realiza, pela aptidão para alcançar qualquer finalidade proposta, mas tão somente pelo querer” (KANT, 1980, p.

Como Kant justifica a imortalidade da alma? ›

Para demonstrar a possibilidade prática do sumo bem, através da fé racional prática, Kant recorre aos postulados. A partir do primeiro postulado, o da imortalidade da alma, objetiva assegurar “a necessária completude da primeira e principal parte do sumo bem, a moralidade” (KpV, 5: 124).

O que Kant diz sobre a religião? ›

A resposta de Kant é clara: “Sim! Enquanto se relaciona à religião, porque a religião não é nada mais do que a aplicação da teologia à moralidade, isto é, aos bons princípios, e uma conduta agradável ao supremo ser”.

Qual a contribuição de Kant para a educação brasileira? ›

Kant apresentou um princípio para a educação, dizendo que ela deveria ser desenvolvida pensando-se num mundo melhor e possível de ser alcançado no futuro, onde a humanidade pudesse se desenvolver integralmente:“Não se devem educar as crianças segundo o presente estado da espécie humana, mas segundo um estado melhor, ...

O que é criticismo dê exemplos? ›

Assim, no Criticismo, ao observar um objeto qualquer, é possível emitir um juízo a respeito de outro objeto a partir da experiência com o primeiro. Se você vê alguém caindo ao escorregar, pode julgar que todas as pessoas caem quando escorregam.

Quais foram os três juízos de valor criados por Kant? ›

Ideia psicológica (alma); Ideia cosmológica (do mundo como totalidade); Ideia teológica (de Deus). Um juízo consiste na conexão de dois conceitos, dos quais um (A) sempre cumpre função de sujeito e o outro (B) a de predicado.

Quais são os tipos de juízo segundo Kant? ›

E há duas formas de juízo: o juízo analítico e o juízo sintético. Na esteira da teoria de Leibniz, para Kant juízo analítico é aquele em que o conceito do predicado está contido no conceito do sujeito.

O que Kant afirma? ›

Segundo as teorias de Immanuel Kant: “Sem sensibilidade nenhum objeto nos seria dado, e sem entendimento nenhum seria pensado. Pensamentos sem conteúdo são vazios, intuições sem conceitos são cegas.".

Como Kant resolveu o problema do conhecimento? ›

Até então, as teorias consistiam em adequar a razão humana aos objetos, que eram, por assim dizer, o "centro de gravidade" do conhecimento. Kant propôs o contrário: os objetos, a partir daí, teriam que se regular pelo sujeito, que seria o depositário das formas do conhecimento.

Por que para Kant não podemos conhecer o mundo como ele é em si? ›

Para alcançar o conhecimento dos fenômenos da realidade para si, a razão tem como meio o tempo e o espaço, e os “óculos” da realidade, da possibilidade, da causalidade, etc. Assim, só podemos conhecer os fenômenos, ou seja, o que é visto através da forma da razão, e não a realidade em si mesma (o númeno).

Como Kant destrói a metafísica? ›

A corrente empirista praticamente destrói a metafísica e todas as esperanças de uma fé religiosa. O homem seria apenas um amontoado de sensações e memórias. Não existe nada no entendimento humano que não seja oriundo da relação desordenada do homem com o mundo material.

O que foi o Século das Luzes resumo? ›

O século XVIII ou Século das Luzes foi o século de surgimento do chamado Iluminismo. O Iluminismo foi um movimento de cunho cultural baseado no racionalismo feito pela elite europeia. Esse movimento tentou buscar um rompimento com a mentalidade medieval e acreditava na ideologia do progresso.

O que foi o Século das Luzes? ›

Resumo: O século XVIII ficou conhecido por “Século das luzes” devido à ascensão do pensamento Iluminista que reconfigurou o mundo no âmbito social, econômico, político e científico.

O que foi o Século das Luzes e o Iluminismo? ›

O Iluminismo foi um movimento intelectual que se tornou popular no século XVIII, conhecido como "Século das Luzes". Surgido na França, a principal característica desta corrente de pensamento foi defender o uso da razão sobre o da fé para entender e solucionar os problemas da sociedade.

O que o filósofo Montesquieu defendia no período do Iluminismo no Século 18? ›

(UEBA) No período do Iluminismo, no século XVIII, o filósofo Montesquieu defendia: divisão da riqueza nacional. divisão dos poderes executivo, legislativo e judiciário. divisão da política em nacional e internacional.

Qual e a palavra chave para o Iluminismo? ›

O Iluminismo é um movimento intelectual e cultural que se inicia a partir da segunda metade do século XVIII, também referimos a esse movimento como “Século das Luzes”, “Ilustração” ou “Esclarecimento”.

Qual era o lema do movimento iluminista? ›

Herança do século das Luzes, o lema "Liberdade, Igualdade, Fraternidade" é invocado pela primeira vez durante a Revolução Francesa.

Por que a França foi o berço do Iluminismo? ›

O iluminista pregava a liberdade de expressão e a igualdade de direitos, lutava contra a opressão absolutista, mas reconhecia em suas reflexões políticas que certos países, os mais atrasados, deveriam ser governados por monarcas centralizadores acompanhados por pensadores iluministas; era o despotismo esclarecido ...

O que defendia os ideais iluministas? ›

Defendiam a liberdade política, econômica e religiosa de todos perante a lei; Criticavam o conhecimento sob controle da Igreja Católica, embora não fossem contra a crença em Deus; Defendiam um novo sistema econômico, em troca do criticado mercantilismo; Eram contra todos os privilégios da nobreza e do clero.

Quais são os ideais do Iluminismo? ›

O Iluminismo. Chamado de “século das luzes”, o iluminismo trouxe ideias voltadas à razão para deslegitimar o modelo de estado predominante na época. Seu ideal era defender a liberdade, progresso, tolerância, fraternidade, governo constitucional e afastamento entre igreja e estado.

Qual e a base do pensamento iluminista? ›

O Iluminismo era baseado em três pilares, que são: razão, liberdade e o avanço da sociedade em relação ao pensamento racional e à ciência. As características que você verá a seguir mostram que essas três ideias centrais nortearam o movimento.

Quando foi o fim do Iluminismo? ›

Quais são as duas principais ideias do Iluminismo? ›

A busca pelo saber e a liberdade de pensamento: duas premissas do Iluminismo.

Quais são os três pilares do Antigo Regime? ›

Quais eram os três pilares que sustentavam o Antigo Regime? R.: O antigo Regime apoiava-se na sociedade estamental, no absolutismo monárquico e na economia mercantilista.

O que é a teoria dos três poderes? ›

A teoria da separação dos poderes de Montesquieu estabelece que o governo de estado tem por poderes: o poder legislativo, poder executivo das coisas que dependem do direito das gentes e o poder executivo daqueles que dependem do direito civil. Observa-se que poder judiciário não é um dos poderes em Montesquieu.

Quem ficou conhecido como o pai do Iluminismo? ›

John Locke é Considerado o “pai do Iluminismo”. Sua principal obra foi “Ensaio sobre o entendimento humano”, aonde Locke defende a razão afirmando que a nossa mente é como uma tábula rasa sem nenhuma ideia. Defendeu a liberdade dos cidadãos e Condenou o absolutismo.

Em que país aconteceu o Iluminismo? ›

Os filósofos iluministas começaram a surgir na França em meados do século XVII. A palavra iluminismo remete ao movimento que desejava clarear, iluminar a sociedade europeia que, para os pensadores da época, encontrava-se nas trevas, principalmente por causa de crenças religiosas da igreja católica.

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